Apostar na retomada verde não é apenas "a coisa certa a fazer", mas também uma oportunidade para impulsionar o crescimento econômico e gerar empregos na América Latina, num momento de fragilidade da economia por causa da recessão causada pela covid-19. A avaliação é dos economistas Rogério Studart, pesquisador do World Resources Institute (WRI), e José Antonio Ocampo, professor da Universidade Columbia, palestrantes de um seminário online promovido na noite de quarta-feira pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), em parceria com o Global Center da Universidade Columbia no Brasil.
"Recuperação verde não é só a coisa certa a fazer, mas é uma grande oportunidade", afirmou Studart, citando estudo recente do WRI Brasil que estimou que 2 milhões de empregos poderiam ser criados no País em atividades econômicas ambientalmente sustentáveis.
Ex-professor da UFRJ e integrante das representações do Brasil tanto no Banco Mundial quanto no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Studart vê oportunidades também na atração de investimentos. Isso porque há uma "mudança estrutural" no setor financeiro, com o risco ambiental entrando de forma definitiva nas avaliações para a gestão de portfólios tanto de financiadores quanto de investidores diretos.
Para Studart, o Brasil e os demais países da América Latina podem "mobilizar recursos" como nenhuma outra região do mundo poderia, para investimentos em infraestrutura sustentável e em negócios da economia de baixo carbono, se houver um "sinal muito claro" de alinhamento, entre líderes tanto do setor público quanto privado, em torno do tema.
Já Ocampo, que foi ministro da Fazenda da Colômbia e secretário-executivo da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe das Nações Unidas (Cepal), chamou a atenção para a necessidade de se mobilizar esses recursos em meio à recessão global.
Para o ex-ministro, a América Latina será uma das regiões mais afetadas pela crise global causada pela pandemia, não só por causa do propagação da covid-19, mas porque as países foram atingidos já num momento de fragilidade em suas economias, em meio ao que o economista chamou de "meia década perdida".
"Para além da pandemia, essa crise, muito profunda, se segue a cinco anos de desempenho muito ruim, de 2014 a 2019", afirmou Ocampo, durante o seminário promovido pelo Cebri. "Por causa da crise, vai se tornar uma década completamente perdida", completou o economista.
Segundo Ocampo, com a estagnação do crescimento a partir de meados da década a melhoria em indicadores sociais já havia parado. Com a pandemia, 45 milhões de pessoas poderão ficar abaixo da linha da pobreza na região.
"Recuperação verde não é só a coisa certa a fazer, mas é uma grande oportunidade", afirmou Studart, citando estudo recente do WRI Brasil que estimou que 2 milhões de empregos poderiam ser criados no País em atividades econômicas ambientalmente sustentáveis.
Ex-professor da UFRJ e integrante das representações do Brasil tanto no Banco Mundial quanto no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Studart vê oportunidades também na atração de investimentos. Isso porque há uma "mudança estrutural" no setor financeiro, com o risco ambiental entrando de forma definitiva nas avaliações para a gestão de portfólios tanto de financiadores quanto de investidores diretos.
Para Studart, o Brasil e os demais países da América Latina podem "mobilizar recursos" como nenhuma outra região do mundo poderia, para investimentos em infraestrutura sustentável e em negócios da economia de baixo carbono, se houver um "sinal muito claro" de alinhamento, entre líderes tanto do setor público quanto privado, em torno do tema.
Já Ocampo, que foi ministro da Fazenda da Colômbia e secretário-executivo da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe das Nações Unidas (Cepal), chamou a atenção para a necessidade de se mobilizar esses recursos em meio à recessão global.
Para o ex-ministro, a América Latina será uma das regiões mais afetadas pela crise global causada pela pandemia, não só por causa do propagação da covid-19, mas porque as países foram atingidos já num momento de fragilidade em suas economias, em meio ao que o economista chamou de "meia década perdida".
"Para além da pandemia, essa crise, muito profunda, se segue a cinco anos de desempenho muito ruim, de 2014 a 2019", afirmou Ocampo, durante o seminário promovido pelo Cebri. "Por causa da crise, vai se tornar uma década completamente perdida", completou o economista.
Segundo Ocampo, com a estagnação do crescimento a partir de meados da década a melhoria em indicadores sociais já havia parado. Com a pandemia, 45 milhões de pessoas poderão ficar abaixo da linha da pobreza na região.
Fonte: Estado de Minas, com informações de O Estado de S.Paulo